Páginas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Liberdade, você a possui?

“Ah liberdade! Agora posso fazer o que eu quiser. Sou livre!!”

Será?

A pessoa que pensa da maneira como a fala descrita acima,
esqueceu-se de observar alguns detalhes da vida.

Para alguém realizar o que quiser, precisaria viver num planeta
em que só existisse um único ser(ela mesma),
além de ter total controle sobre seu corpo e sua saúde.
Aí existiria liberdade para se fazer e criar o que quisesse, mas..
não vivemos sozinhos e não possuímos controle de nossa saúde.
Se as pessoas tivessem o controle da saúde não haveria morte por doença.

E pensar liberdade desta forma cria dor,
sofrimento, desrespeito e por aí vai...
Que grande equívoco pensar a liberdade
como se você pudesse realizar o que deseja.

Liberdade é a determinação de uma escolha
independente de pressões exteriores
(cultural, religiosa, moral, política e social)
e de pressões interiores (medos, crenças, traumas etc).


Exemplo: Uma pessoa que tenha diabetes
e precisa mudar sua alimentação.

Se a pessoa ao saber o diagnóstico
consegue aceitar as mudanças em sua alimentação
de maneira natural esta é uma pessoa que possui liberdade.

Se a pessoa ao saber o diagnóstico tiver que fazer esforço
para mudar sua alimentação e muitas vezes,ainda,
decide comer escondido de vez em quando.
Esta pessoa tornou-se escrava de seus desejos.

Você é livre quando tem em suas mãos o poder da escolha
(o poder de dizer sim ou não para seus desejos
e situações cotidianas);
o poder de determinar se deve persistir, ou desistir.
E a decisão tomada acontece naturalmente
sem esforço, vergonha ou medo...

Quando você tem liberdade você consegue
respeitar o outro e a si,
você dá liberdade de opinião ao outro
e a gentileza flui mesmo que as
opiniões sejam diferentes.


Então, você tem liberdade?

sábado, 26 de junho de 2010

INÓPIA NACIONAL (Guina)

INÓPIA NACIONAL
(À Pablo Neruda, in memorian)


Houve, por trás
Todo um engenho jurídico
De leis aqui
De leis acolá

Tudo muito bem definido
Um arcabouço de conceitos
Sutil, perverso, mentiroso

Criando nossa pobreza
Nossa ignorância
nossa ignomínia

Até alterar nosso corpo
Mudar nossa face
mudar nosso riso
Pela fome quotidiana.

Houve por trás
Uma mentira hasteada
Um canto anunciado
Símbolos trabalhados

Até cores delinearam
Até imagens fantasiaram
Até Castelos ergueram

Para escravizar
Para esfomear
Para empobrecer
Para aviltar.

Houve, por trás
(como até hoje há)
O discurso evasivo
A insinceridade pública
A mentira deslavada

Recriando a escravidão
Recriando a pobreza
Recriando a fome
Recriando a ignorância.

Houve, por trás
Toda uma teia
Todo um burburinho

De lei e leis
De Instituição e Instituições
De ordem e ordens
De Bandeira e Bandeiras
De Hino e Hinos
De Símbolo e Símbolos

Para re-escravizar o povo
Para re-empobrecer o povo
Para esfomear o povo

Em nome da Democracia
Em nome da Ordem
Em nome do Progresso

Isso, desde Marechal Deodoro,

Aquela Fonseca.

Guina*
2010

Agradeço ao leitor Guina que postou nos
comentários esta poesia que revela
uma verdade infeliz e cruel,
que se extende para além
do meio político alcançando a nossa
sociedade em geral. Poesia que merece
um destaque para pensarmos em nossos
valores e em como mudá-los.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A Canção da Vida

O que é a música, se não um conjunto harmônico
de diversas notas musicais.
O que é a música, se não a beleza singular da
dedicação, do carinho, do treino, do estudo...
O que é a música, se não a integração
de diferentes acordes musicais.
Ora com as tempestades emocionais,
ora com a suavidade das emoções

...e a música da vida?

É a minha, a sua, a nossa experiência vivida
a cada momento... a nossa canção.
Poderá ser harmônica ou desafinada dependendo
tão somente da maneira pela qual respondemos
a vida.

As notas que compõe esta bela música
São as pessoas, a natureza(flora e fauna)e o que
compõe a melodia são as nossas relações.
A integração das pessoas com a natureza é que
torna-la-á harmônica e sustentável.